Micro e pequena empresa lidera geração de emprego pelo 7º mês
De cada 10 novas vagas formalizadas em julho, sete estavam nos pequenos negócios, de acordo com levantamento do Sebrae
Os dados do Caged (Cadastro Geral Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho), divulgados pelo IBGE, confirmam a força dos pequenos negócios na geração de empregos em 2018.
Pelo sétimo mês consecutivo, as micro pequenas empresas foram as principais responsáveis pela criação de postos de trabalho no país.
No mês de julho, o saldo de empregos registrado pelas micro e pequenas empresas representou 72% do total de empregos gerados em todo o Brasil.
Isso significa que de cada 10 novas vagas formalizadas no mês passado, sete estavam nos pequenos negócios.
Enquanto as pequenas empresas tiveram saldos positivos de emprego em todos os meses de 2018, as médias e grandes só registraram saldos positivos em março, abril, maio e julho.
Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, é inquestionável o papel estratégico que os pequenos negócios desempenham na economia brasileira para a promoção do emprego, geração de renda e redução das desigualdades sociais.
“Se tomarmos alguns públicos específicos, como os jovens que buscam o primeiro emprego ou as pessoas que estão procurando recolocação no mercado, os pequenos negócios têm uma importância ainda mais crucial”, comenta Afif.
Em julho, os pequenos negócios registraram saldo positivo de 33,9 mil empregos formais celetistas, enquanto as médias e grandes empresas geraram quase 15 mil empregos.
No acumulado, de janeiro a julho de 2018, os pequenos negócios já respondem pela criação de 395,3 mil postos de trabalho, 27% acima do saldo registrado por eles no mesmo período do ano passado e quase 10 vezes maior que o saldo computado pelas médias e grandes empresas (40,7 mil empregos).
Os pequenos negócios do setor de Serviços puxaram a geração de empregos em julho/2018, tendo criado 15,8 mil postos de trabalho, sendo que esse saldo foi impulsionado pelas micro e pequenas empresas que atuam no ramo imobiliário (13,6 mil empregos).
A Construção Civil foi o segundo setor que mais contribuiu com a geração de empregos no sétimo mês deste ano, criando 10,8 mil vagas. O único setor em que os pequenos negócios apresentaram saldo negativo de emprego foi o Comércio (-743 empregos).
No acumulado de 2018 até julho, têm se destacado, na geração de empregos, os pequenos negócios do setor de Serviços, com geração de 237,5 mil postos de trabalho.
Em segundo lugar estão os pequenos negócios do setor de Agropecuária (83,9 mil empregos). Em seguida, posicionam-se as micro e pequenas empresas da Construção Civil, responsáveis pela criação de 66,2 mil postos de trabalho.
Os pequenos negócios do Comércio ainda não conseguiram se recuperar da crise econômica vivenciada nos últimos anos, registrando extinção de 48,7 mil vagas, de janeiro a julho deste ano.
O saldo de empregos acumulado pelos pequenos negócios em 2018 até julho, de 395 mil empregos, já supera em 14,5% o saldo acumulado por eles em todo o ano de 2017.